Pesquisa desenvolvida no CTC/PUC-Rio mostra que biodiesel é um caminho para melhorar qualidade do ar
segunda-feira, fevereiro 13, 2017
Estima-se que a poluição do ar mate cerca de 6,5 milhões de pessoas por ano, estabelecendo-se entre as maiores ameaças à saúde humana. Um estudo realizado pela professora Adriana Gioda, do Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), mostrou que o biodiesel de soja utilizado no Brasil não tem efeitos negativos diretos sobre as células pulmonares humanas. A pesquisa ganhou destaque internacional com a publicação em maio pela Toxicology in Vitro, o periódico científico oficial da Sociedade Europeia de Toxicologia in Vitro.
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Para realizar as análises, a equipe de Gioda coletou material particulado emitido durante a queima de quatro tipos de combustíveis (diesel para uso comercial, biodiesel de soja, biodiesel de soja aditivado e etanol aditivado) em um motor de ciclo diesel (presente em veículos de grande porte) alocado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). As partículas foram trazidas para o Rio de Janeiro e analisadas na PUC-Rio. Alguns testes adicionais foram realizados em amostras enviadas ao Dr. Braulio Jimenez, toxicologista e coordenador do Center for Environmental and Toxicological Research, da University of Puerto Rico (USA).
Com estes ensaios foi possível avaliar a toxicidade e o comportamento das partículas geradas durante a queima dos combustíveis frente à secreção de citocinas, proteínas responsáveis pelos processos pró-inflamatórios que iniciam doenças respiratórias, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e que também estão relacionadas a doenças cardíacas.
Por meio desse experimento, a pesquisadora descobriu que a exposição das células pulmonares ao resíduo da queima do biodiesel de soja não estimula a secreção de citocinas.
"Diferentes tipos de biodiesel se comportam de formas variadas. O que descobrimos com nosso estudo é que o biodiesel feito a partir da soja não cria uma reação adversa nas células do pulmão", explicou Gioda, que reforça: "Ainda que outros testes precisem ser feitos para avaliar todos os efeitos que o biodiesel de soja pode causar à saúde humana, os resultados destes nossos testes iniciais confirmam que estamos no caminho certo".
O uso de biocombustíveis é um caminho para melhorar a qualidade do ar. Tendo isso em vista, desde 2014 todo o diesel comercializado no Brasil deve conter 7 % de biodiesel, o chamado B7. Devido aos benefícios obtidos do uso desses combustíveis, em 2016 o governo estipulou que a porcentagem de biodiesel nessas misturas seja de 8 % até março de 2017, chegando a 15% até 2019.
Os dados apontam para a ampliação e manutenção do uso do biodiesel de soja como fonte de energia renovável. Os resultados obtidos na pesquisa da Profª Adriana Gioda trazem boas perspectivas para o futuro e podem servir de base para que o País invista em mais recursos para o estudo dos efeitos do biodiesel sobre a saúde.
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Para realizar as análises, a equipe de Gioda coletou material particulado emitido durante a queima de quatro tipos de combustíveis (diesel para uso comercial, biodiesel de soja, biodiesel de soja aditivado e etanol aditivado) em um motor de ciclo diesel (presente em veículos de grande porte) alocado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). As partículas foram trazidas para o Rio de Janeiro e analisadas na PUC-Rio. Alguns testes adicionais foram realizados em amostras enviadas ao Dr. Braulio Jimenez, toxicologista e coordenador do Center for Environmental and Toxicological Research, da University of Puerto Rico (USA).
Com estes ensaios foi possível avaliar a toxicidade e o comportamento das partículas geradas durante a queima dos combustíveis frente à secreção de citocinas, proteínas responsáveis pelos processos pró-inflamatórios que iniciam doenças respiratórias, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e que também estão relacionadas a doenças cardíacas.
Por meio desse experimento, a pesquisadora descobriu que a exposição das células pulmonares ao resíduo da queima do biodiesel de soja não estimula a secreção de citocinas.
"Diferentes tipos de biodiesel se comportam de formas variadas. O que descobrimos com nosso estudo é que o biodiesel feito a partir da soja não cria uma reação adversa nas células do pulmão", explicou Gioda, que reforça: "Ainda que outros testes precisem ser feitos para avaliar todos os efeitos que o biodiesel de soja pode causar à saúde humana, os resultados destes nossos testes iniciais confirmam que estamos no caminho certo".
O uso de biocombustíveis é um caminho para melhorar a qualidade do ar. Tendo isso em vista, desde 2014 todo o diesel comercializado no Brasil deve conter 7 % de biodiesel, o chamado B7. Devido aos benefícios obtidos do uso desses combustíveis, em 2016 o governo estipulou que a porcentagem de biodiesel nessas misturas seja de 8 % até março de 2017, chegando a 15% até 2019.
Os dados apontam para a ampliação e manutenção do uso do biodiesel de soja como fonte de energia renovável. Os resultados obtidos na pesquisa da Profª Adriana Gioda trazem boas perspectivas para o futuro e podem servir de base para que o País invista em mais recursos para o estudo dos efeitos do biodiesel sobre a saúde.
Fonte: CTC/PUC-Rio - retirado de Ubrabio
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