Obama anuncia redução de emissões de CO2 no setor de energia nos EUA
segunda-feira, agosto 03, 2015
Presidente americano lançou Plano de Energia Limpa nos Estados Unidos.
País terá de reduzir emissão de CO2 no setor em 32%, até 2030.
Obama fala sobre novo plano de redução de emissão de gases no setor de energia nesta segunda-feira (3) (Foto: Reprodução/YouTube/The White House) |
A medida é o maior e mais importante passo que os EUA já deram para combater a mudança climática, afirmou o presidente durante o anúncio transmitido ao vivo na internet pela Casa Branca. "Nenhum desafio coloca maior ameaça para as gerações futuras do que a mudança climática", acrescentou o presidente americano.
O modelo de produção de energia dos EUA é baseado em termelétricas a carvão. As centrais elétricas são a maior fonte de emissão de gases do efeito estufa do país que contribui para a mudança climática. O país não tinha, até o momento, limites federais para as emissões pelas centrais elétricas.
“Nós limitamos a quantidade de químicos tóxicos, como o mercúrio, enxofre e arsênico em nosso ar e água. Mas as centrais elétricas ainda podem despejar quantidades ilimitadas de poluição de carbono no ar que respiramos”, disse Obama. “A mudança climática não é um problema para outra geração”.
Segundo Obama, cada estado americano vai ter a chance de criar um plano próprio para reduzir as emissões pelo setor energético. A ideia é premiar os estados que começarem a aplicar esses planos antes.
Encíclica papal
Durante o anuncio, Obama citou a encíclica do Papa Francisco sobre o meio ambiente ao dizer que tomar um atitude contra as mudanças climáticas é uma obrigação moral dos países.
A regulação anunciada nesta segunda dará início a uma transformação abrangente do setor elétrico norte-americano, encorajando uma agressiva mudança rumo a mais energias renováveis e afastando a geração via carvão.
Grupos industriais e alguns legisladores de Estados que contam com energia baseada no carvão disseram que vão desafiar o plano nos tribunais e por meio de manobras no Congresso, acusando a administração de um ataque à regulamentação que elevará os preços da energia.
Acordo com a China
No ano passado, os EUA e a China, os dois maiores poluidores do mundo, anunciaram um acordo para reduzir uas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora possa começar antes. Segundo presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.
Cúpula do clima
A porta-voz do Meio Ambiente da Alemanha, Frauke Stamer, indicou à imprensa que a decisão do presidente Barack Obama é um "sinal importante" para a Cúpula do Clima da ONU que será realizada no final deste ano em Paris e que servirá para alcançar um acordo global para combater o aquecimento global.
"Aplaudimos que os Estados Unidos afrontem o desafio da mudança climática", afirmou Stamer.
A Cúpula do Clima de Paris tem o ambicioso objetivo de fechar um acordo internacional e vinculativo para reduzir as emissões de carbono e conter o aquecimento global.
Se atingir o objetivo, este novo acordo substituirá, a partir de 2020, o Protocolo de Kyoto. O objetivo é tentar conter o aumento da temperatura média do planeta em 2ºC até o fim deste século e, com isso, frear as alterações climáticas, que podem provocar catástrofes naturais em todo o mundo.
O modelo de produção de energia dos EUA é baseado em termelétricas a carvão. As centrais elétricas são a maior fonte de emissão de gases do efeito estufa do país que contribui para a mudança climática. O país não tinha, até o momento, limites federais para as emissões pelas centrais elétricas.
“Nós limitamos a quantidade de químicos tóxicos, como o mercúrio, enxofre e arsênico em nosso ar e água. Mas as centrais elétricas ainda podem despejar quantidades ilimitadas de poluição de carbono no ar que respiramos”, disse Obama. “A mudança climática não é um problema para outra geração”.
Segundo Obama, cada estado americano vai ter a chance de criar um plano próprio para reduzir as emissões pelo setor energético. A ideia é premiar os estados que começarem a aplicar esses planos antes.
Encíclica papal
Durante o anuncio, Obama citou a encíclica do Papa Francisco sobre o meio ambiente ao dizer que tomar um atitude contra as mudanças climáticas é uma obrigação moral dos países.
A regulação anunciada nesta segunda dará início a uma transformação abrangente do setor elétrico norte-americano, encorajando uma agressiva mudança rumo a mais energias renováveis e afastando a geração via carvão.
Grupos industriais e alguns legisladores de Estados que contam com energia baseada no carvão disseram que vão desafiar o plano nos tribunais e por meio de manobras no Congresso, acusando a administração de um ataque à regulamentação que elevará os preços da energia.
Acordo com a China
No ano passado, os EUA e a China, os dois maiores poluidores do mundo, anunciaram um acordo para reduzir uas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora possa começar antes. Segundo presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.
Cúpula do clima
A porta-voz do Meio Ambiente da Alemanha, Frauke Stamer, indicou à imprensa que a decisão do presidente Barack Obama é um "sinal importante" para a Cúpula do Clima da ONU que será realizada no final deste ano em Paris e que servirá para alcançar um acordo global para combater o aquecimento global.
"Aplaudimos que os Estados Unidos afrontem o desafio da mudança climática", afirmou Stamer.
A Cúpula do Clima de Paris tem o ambicioso objetivo de fechar um acordo internacional e vinculativo para reduzir as emissões de carbono e conter o aquecimento global.
Se atingir o objetivo, este novo acordo substituirá, a partir de 2020, o Protocolo de Kyoto. O objetivo é tentar conter o aumento da temperatura média do planeta em 2ºC até o fim deste século e, com isso, frear as alterações climáticas, que podem provocar catástrofes naturais em todo o mundo.
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Fonte: G1
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