Paraná pode ser auto-suficiente em energia somente com biomassa, diz especialista
quarta-feira, julho 29, 2015
No Brasil, quando se fala em biomassa, muitos somente pensam em bagaço de cana e outros nem sabem o que significa o termo. Fonte renovável de energia, a biomassa é todo tipo de resíduo industrial, agropecuário, urbano ou florestal que pode ser transformado em energia e é abundante no país, principalmente, no Paraná. “A biomassa ainda é pouco aproveitada no Brasil. No Paraná, parte da biomassa florestal é transformada em energia, contudo, 80% do que é produzido no estado ainda não é utilizado para esse fim”, afirma o consultor de projetos de produção de biomassa, Celso Oliveira, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável (ABIB), que é uma das apoiadoras da Conferência Internacional de Energias Inteligentes - Smart Energy 2015, que acontece entre 19 a 21 de outubro, na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná.
O Paraná tem aproximadamente 15 tipos de resíduos agroindustriais que geram biomassa, de acordo com o especialista. “O estado é um dos principais produtores de agronegócio no país, conta com uma das maiores florestas de pinus e eucalipto e poderia aproveitar tudo isso para gerar a biomassa e utilizar tanto internamente como exportando. Também o setor sucroenergético gera muita biomassa, que poderia ser mais aproveitada, assim como a palha da cana”, salienta. “Hoje, se toda a biomassa produzida no Paraná fosse utilizada, geraria energia suficiente para praticamente todos os municípios do estado”, revela.
O presidente da ABIB explica que é preciso saber utilizar a biomassa de cada região ao país. No sudeste, disse ele, a biomassa mais comum é a de rejeitos de suínos, da pecuária, da soja e do milho. “Os países da Europa já estão aproveitando os resíduos do café para gerar energia. Aqui no Paraná temos de sobra e não aproveitamos”, alerta Celso Oliveira.
Política e legislação adequadas
Um dos grandes entraves para a utilização da biomassa é a falta de políticas governamentais. “No Brasil, estamos há 15 anos envolvidos com a biomasssa, mas, não vimos nenhum presidente ou ministro de Minas e Energia tratar do assunto de maneira mais aprofundada ou técnica. Para isso, precisamos de uma legislação e política de utilização e produção para que as empresas possam usar esse recursos de forma sustentável”, ressalta.
Ele afirma que a biomassa poderia ser usada em pequenas termoelétricas. “Tudo poderia ser produzido com investimentos de parcerias entre prefeituras, governo do estado, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social), entre outros, viabilizando energia para as próprias cidades”, acredita.
O Brasil, assim como o Paraná, poderia ainda exportar a biomassa. “Existe uma grande demanda internacional de energia. A Europa tem uma necessidade muito grande, o Japão quer modificar seu setor energético nuclear por biomassa, a China está substituindo suas indústrias de carvão por biomassa. Nós temos o produto para atender toda essa demanda internacional. Inclusive, não tem crise nem nacional ou mundial que possa atrapalhar essa questão energética”, garante.
Ele afirma que a biomassa poderia substituir o carvão, gás e óleo diesel na geração de energia e que temos tecnologia adequada (e até mais barata do que em outros países) para a sua produção. “Temos tecnologias que podem ser aproveitadas na torreficação, gaseificação, pirólise, na produção de produtos industriais como na área de pellets, entre outras. Nós temos todas essas condições”, assegura.
Smart Energy 2015
A ABIB levará para Conferência Internacional de Energias Inteligentes - Smart Energy 2015, o especialista da Bélgica, Dr. Giuliano Grassi, presidente da European Biomass Industry Association (Associação Europeia de Indústria de Biomassa), que apresentará ideias para as empresas que desejam aprimorar seus negócios nessa área. “Aproveitar a biomassa quer dizer gerar novos negócios sustentáveis, empregos, principalmente nessa hora que o Brasil esta passando por uma dificuldade muito grande”, avalia Celso Oliveira.
A conferência ocorre de 19 a 21 de outubro, no Bourbon Cataratas Convention & Spa Resort, em Foz do Iguaçu, Paraná, com promoção e organização da Paraná Metrologia e realização Sebrae-PR. Entre os assuntos que serão discutidos estão políticas públicas para o desenvolvimento de energias renováveis, smart grid, o futuro da biomassa, projetos e ações em andamento no estado do Paraná e no Brasil, a visão da Copel no contexto das energias renováveis, logística reversa, eficiência energética, barreiras regulatórias e comerciais e experiências de outros países. O evento contará com painéis de apresentação com a participação de especialistas nacionais e internacionais, seminários, oficinas e mesas-redondas.
Fonte: Biomassa e Bioenergia por Assessoria de Imprensa - retirado de Biomercado
O Paraná tem aproximadamente 15 tipos de resíduos agroindustriais que geram biomassa, de acordo com o especialista. “O estado é um dos principais produtores de agronegócio no país, conta com uma das maiores florestas de pinus e eucalipto e poderia aproveitar tudo isso para gerar a biomassa e utilizar tanto internamente como exportando. Também o setor sucroenergético gera muita biomassa, que poderia ser mais aproveitada, assim como a palha da cana”, salienta. “Hoje, se toda a biomassa produzida no Paraná fosse utilizada, geraria energia suficiente para praticamente todos os municípios do estado”, revela.
O presidente da ABIB explica que é preciso saber utilizar a biomassa de cada região ao país. No sudeste, disse ele, a biomassa mais comum é a de rejeitos de suínos, da pecuária, da soja e do milho. “Os países da Europa já estão aproveitando os resíduos do café para gerar energia. Aqui no Paraná temos de sobra e não aproveitamos”, alerta Celso Oliveira.
Política e legislação adequadas
Um dos grandes entraves para a utilização da biomassa é a falta de políticas governamentais. “No Brasil, estamos há 15 anos envolvidos com a biomasssa, mas, não vimos nenhum presidente ou ministro de Minas e Energia tratar do assunto de maneira mais aprofundada ou técnica. Para isso, precisamos de uma legislação e política de utilização e produção para que as empresas possam usar esse recursos de forma sustentável”, ressalta.
Ele afirma que a biomassa poderia ser usada em pequenas termoelétricas. “Tudo poderia ser produzido com investimentos de parcerias entre prefeituras, governo do estado, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social), entre outros, viabilizando energia para as próprias cidades”, acredita.
O Brasil, assim como o Paraná, poderia ainda exportar a biomassa. “Existe uma grande demanda internacional de energia. A Europa tem uma necessidade muito grande, o Japão quer modificar seu setor energético nuclear por biomassa, a China está substituindo suas indústrias de carvão por biomassa. Nós temos o produto para atender toda essa demanda internacional. Inclusive, não tem crise nem nacional ou mundial que possa atrapalhar essa questão energética”, garante.
Ele afirma que a biomassa poderia substituir o carvão, gás e óleo diesel na geração de energia e que temos tecnologia adequada (e até mais barata do que em outros países) para a sua produção. “Temos tecnologias que podem ser aproveitadas na torreficação, gaseificação, pirólise, na produção de produtos industriais como na área de pellets, entre outras. Nós temos todas essas condições”, assegura.
Smart Energy 2015
A ABIB levará para Conferência Internacional de Energias Inteligentes - Smart Energy 2015, o especialista da Bélgica, Dr. Giuliano Grassi, presidente da European Biomass Industry Association (Associação Europeia de Indústria de Biomassa), que apresentará ideias para as empresas que desejam aprimorar seus negócios nessa área. “Aproveitar a biomassa quer dizer gerar novos negócios sustentáveis, empregos, principalmente nessa hora que o Brasil esta passando por uma dificuldade muito grande”, avalia Celso Oliveira.
A conferência ocorre de 19 a 21 de outubro, no Bourbon Cataratas Convention & Spa Resort, em Foz do Iguaçu, Paraná, com promoção e organização da Paraná Metrologia e realização Sebrae-PR. Entre os assuntos que serão discutidos estão políticas públicas para o desenvolvimento de energias renováveis, smart grid, o futuro da biomassa, projetos e ações em andamento no estado do Paraná e no Brasil, a visão da Copel no contexto das energias renováveis, logística reversa, eficiência energética, barreiras regulatórias e comerciais e experiências de outros países. O evento contará com painéis de apresentação com a participação de especialistas nacionais e internacionais, seminários, oficinas e mesas-redondas.
Fonte: Biomassa e Bioenergia por Assessoria de Imprensa - retirado de Biomercado
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