Informação é do secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente
Segundo ele, o Brasil é uma liderança internacional nas negociações sobre o clima e está trabalhando em alto nível político, com contribuições da sociedade acadêmica, civil, em todos os setores, para apresentar uma proposta robusta e inovadora na conferência, olhando pós-2020. “Nós demos, como disseram os americanos, um flash [uma mostra do que será apresentado na COP 21]. A questão de restaurar 12 milhões de hectares [de florestas] até 2030 é uma meta muito ambiciosa, é metade da área do estado de São Paulo de reflorestamento.”
De acordo com o secretário, outra meta “ambiciosa” no acordo feito entre Brasil e Estados Unidos é o compromisso de, até 2030, ter 20% da matriz elétrica desses países oriunda de fontes renováveis, sem considerar a fonte hidrelétrica. “Nós hoje somos [utilizamos] 9% [de outras fontes renováveis], nos Estados Unidos, são cerca de 7%, vão ter que alcançar 20% até 2030. É por esse caminho que estamos indo”, disse Klink sobre as propostas para a COP 21.
Ele lembrou que o Brasil já tem a Política Nacional sobre Mudança do Clima, com metas de reduzir em 38% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020. “Já passamos desse limite, já reduzimos mais de 41%. Então, estamos usando esse aprendizado para apresentar uma boa contribuição [na COP 21].”
A COP 21, que será realizada em Paris, de 30 de novembro a 11 de dezembro deste ano, reunirá 196 países na construção de um novo acordo climático com metas globais de redução de gases causadores do efeito estufa e novos caminhos para o desenvolvimento sustentável. Para Klink, o tema das mudanças climáticas envolve também questões de crescimento e desenvolvimento econômico e igualdade social e que o acordo entre Brasil e Estados Unidos, “países que mais reduziram emissões de gases”, ajuda a pensar conjuntamente o tema e colocar as necessidades reais em pauta, “como inovar nas questões de florestas, energia, de financiamento, continuar o combate ao desmatamento.”
Questionamentos
O Observatório do Clima, rede de organizações não governamentais que reúne 37 entidades da sociedade civil, disse em nota que a posição do governo brasileiro no compromisso anunciou no final do mês de junho, em acordo com os Estados Unidos sobre clima e desmatamento, frustrou a expectativa da apresentação de metas ambiciosas. “Nós acreditamos que o Brasil deve estabelecer um limite máximo de 1 gigatonelada de CO2 [gás carbônico] equivalente em 2030”, informa o texto da entidade.
No acordo anunciado, o Brasil se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal de florestas. O documento informa ainda que o país pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030.
Fonte: Progresso - retirado de CIFlorestas
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