A elevação na mistura de biodiesel ao diesel mineral, de 5% para 7%, aprovada em 2014, gerou uma economia milionária ao País até maio. Para 2015, estima-se que cerca de US$ 250 milhões deixem de ser gastos com importações do combustível fóssil.
Levantamento divulgado ontem (2) pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) mostra que, só nos cinco primeiros meses do ano, o uso do biocombustível produzido no Brasil evitou a entrada de 325 milhões de litros em combustíveis. Isso significa uma redução de US$ 166 milhões na conta petróleo.
De acordo com a entidade, apesar da queda, o País ainda importou 3,6 bilhões de litros no período, tamanha a dependência do mercado externo para este segmento.
Cenário
O assessor econômico da Abiove, Leonardo Zilio, disse ao DCI que o setor encerrou 2014 com 19% de dependência das importações. Entretanto, após anos de estagnação, a produção de biodiesel teve aumento de 26% nos quatro primeiros meses de 2015, em relação ao mesmo período do ano passado, ao atingir 1,27 bilhão de litros.
- Para o ano, estimamos que a produção pode ficar entre 4 e 4,2 bilhões de litros, tudo vai depender de como vai se comportar o mercado. Porém, o volume representa um incremento próximo de 20% sobre os 3,42 bilhões produzidos em 2014 – diz.
Fatores como a demanda, composição de preços e estimativa de produção também estão fortemente atrelados ao andamento do câmbio e do comportamento de valores para o barril de petróleo.
Em linhas gerais, a situação econômica do País tem puxado para baixa o consumo de todos os combustíveis. Neste contexto, os biocombustíveis ganharam espaço diante dos fósseis. Um exemplo claro é o etanol hidratado, que sentiu aumento na demanda como alternativa ao abastecimento com gasolina mais cara.
No caso do biodiesel, o único fator que gera ganho de demanda é o aumento na mistura, o que já é suficiente para beneficiar toda a cadeia produtiva que passa, inclusive, pelo pequeno produtor.
- Entre 20% e 30% de toda a matéria-prima para a produção de biodiesel vem da agricultura familiar, são mais de 100 mil famílias envolvidas. Essa melhoria de cenário os beneficia diretamente – conta o especialista da Abiove.
Segundo a entidade, o Centro-Oeste mantém-se como região responsável pela maior parte da produção nacional do biocombustível (43%), seguida das regiões Sul (38%), Nordeste (8%), Sudeste (8%) e Norte (3%).
Impacto industrial
Um benefício ao segmento agroindustrial foi o crescimento no uso da capacidade instalada. Zilio destaca que o setor trabalhava com níveis altíssimos de ociosidade, entre 60% e 65%. Atualmente, este percentual caiu para 40%, ainda elevado, porém houve avanço.
O biodiesel é vendido pelas usinas, em média, a R$ 2,01/ litro. O diesel B atingiu R$ 2,49/litro em junho, alta de 13% na variação anual.
Já o diesel S-10 – que responde por cerca de 25% do mercado nacional de diesel – custa para as distribuidoras R$ 2,62/ litro.
Fonte: DCI - retirado de Agronovas
Levantamento divulgado ontem (2) pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) mostra que, só nos cinco primeiros meses do ano, o uso do biocombustível produzido no Brasil evitou a entrada de 325 milhões de litros em combustíveis. Isso significa uma redução de US$ 166 milhões na conta petróleo.
De acordo com a entidade, apesar da queda, o País ainda importou 3,6 bilhões de litros no período, tamanha a dependência do mercado externo para este segmento.
Cenário
O assessor econômico da Abiove, Leonardo Zilio, disse ao DCI que o setor encerrou 2014 com 19% de dependência das importações. Entretanto, após anos de estagnação, a produção de biodiesel teve aumento de 26% nos quatro primeiros meses de 2015, em relação ao mesmo período do ano passado, ao atingir 1,27 bilhão de litros.
- Para o ano, estimamos que a produção pode ficar entre 4 e 4,2 bilhões de litros, tudo vai depender de como vai se comportar o mercado. Porém, o volume representa um incremento próximo de 20% sobre os 3,42 bilhões produzidos em 2014 – diz.
Fatores como a demanda, composição de preços e estimativa de produção também estão fortemente atrelados ao andamento do câmbio e do comportamento de valores para o barril de petróleo.
Em linhas gerais, a situação econômica do País tem puxado para baixa o consumo de todos os combustíveis. Neste contexto, os biocombustíveis ganharam espaço diante dos fósseis. Um exemplo claro é o etanol hidratado, que sentiu aumento na demanda como alternativa ao abastecimento com gasolina mais cara.
No caso do biodiesel, o único fator que gera ganho de demanda é o aumento na mistura, o que já é suficiente para beneficiar toda a cadeia produtiva que passa, inclusive, pelo pequeno produtor.
- Entre 20% e 30% de toda a matéria-prima para a produção de biodiesel vem da agricultura familiar, são mais de 100 mil famílias envolvidas. Essa melhoria de cenário os beneficia diretamente – conta o especialista da Abiove.
Segundo a entidade, o Centro-Oeste mantém-se como região responsável pela maior parte da produção nacional do biocombustível (43%), seguida das regiões Sul (38%), Nordeste (8%), Sudeste (8%) e Norte (3%).
Impacto industrial
Um benefício ao segmento agroindustrial foi o crescimento no uso da capacidade instalada. Zilio destaca que o setor trabalhava com níveis altíssimos de ociosidade, entre 60% e 65%. Atualmente, este percentual caiu para 40%, ainda elevado, porém houve avanço.
O biodiesel é vendido pelas usinas, em média, a R$ 2,01/ litro. O diesel B atingiu R$ 2,49/litro em junho, alta de 13% na variação anual.
Já o diesel S-10 – que responde por cerca de 25% do mercado nacional de diesel – custa para as distribuidoras R$ 2,62/ litro.
Fonte: DCI - retirado de Agronovas
0 comentários
Agradecemos seu comentário! Volte sempre :)