Que impacto pode ter o crescimento do setor da aviação para o meio ambiente?
quinta-feira, junho 18, 2015
O setor da aviação é responsável hoje por 2% das emissões de gás carbônico na atmosfera e 3% de gases de efeito estufa. Esses índices podem triplicar nas próximas décadas, com o anúncio da incorporação de 35 mil novas aeronaves ao tráfego aéreo nos próximos 20 anos. A informação foi divulgada no Salão Aeronáutico de Le Bourget, também conhecido como Paris Airshow, realizado até o dia 21 de junho na região parisiense.
Para Alexandre Filizola, gerente técnico de Análise Ambiental da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a entrada em circulação dessas aeronaves não representa um grande risco para o meio ambiente. "Incluir 35 mil novas aeronaves no sistema significa também que um número expressivo de aviões antigos e menos eficientes serão retirados de circulação", avalia.
Uma das preocupações dos expositores do Salão Aeronáutico neste ano é o engajamento das empresas pela redução de gases poluentes. Até 2050, os contrutores pretendem diminuir essas emissões pela metade. Para isso, as empresas apresentam novas soluções como aeronaves elétricas, motores híbridos, biocombustíveis, entre outros.
Brasil evolui no setor de biocombustíveis
Embora o Brasil não conte até o momento com uma política sobre biocombustíveis para a aviação, o país vem evoluindo nesse setor. Filizola destaca alguns deles: "a plataforma mineira de bioquerosene é um projeto muito interessante para o reflorestamento das cabeceiras do rio São Francisco com a macaúba, que serve de matéria-prima do diesel verde". "Além disso, a empresa Amyris já produz localmente biocombustível que tem sido utilizado em voos ecológicos da Gol Linhas Aéreas", relata.
Mas nem todos são tão otimistas sobre a evolução dos biocombustíveis na aviação. "É preciso considerar que não encontramos nada melhor até agora do que o jet fuel, feito de petróleo", pondera Pascal Pincemin, responsável pelo setor de aeronáutica na empresa de auditoria francesa Deloitte. Por outro lado, Pincemin reconhece progressos na área, como a modernização dos motores. Eles têm ajudado na diminuição do consumo de combustível. "Fizemos evoluções importantes nos últimos 30 anos e, cada vez mais, vamos reduzir a utilização de combustíveis", reitera.
Transporte marítimo polui mais
O avião, no entanto, não é o meio de transporte que mais polui. O especialista em aviação Kerley Oliveira, do Centro Universitário UNA e da UniBH, lembra que, em 2013, o transporte marítimo emitiu 460 milhões de toneladas de gás carbônico contra 360 milhões da aviação. "Se compararmos os aviões com os meios de transportes terrestres, como o automóvel, que comporta 5 pessoas, e um Boeing, que leva cerca de 300 pessoas, a eficiência deste último é muito maior", analisa.
7 bilhões de passageiros
O Grupo internacional de Ação para o Transporte Aéreo (Atag, da sigla em inglês), impõe a melhora de 1,5% na eficácia energética dos aviões para daqui a cinco anos. Um objetivo que deve enfrentar como obstáculo o crescimento do setor, vítima do próprio sucesso. Até 2035, o número de passageiros aéreos deve passar dos atuais 3 bilhões por ano para 7 bilhões de pessoas.
Fonte: RFI - retirado de Biomercado
Para Alexandre Filizola, gerente técnico de Análise Ambiental da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a entrada em circulação dessas aeronaves não representa um grande risco para o meio ambiente. "Incluir 35 mil novas aeronaves no sistema significa também que um número expressivo de aviões antigos e menos eficientes serão retirados de circulação", avalia.
Uma das preocupações dos expositores do Salão Aeronáutico neste ano é o engajamento das empresas pela redução de gases poluentes. Até 2050, os contrutores pretendem diminuir essas emissões pela metade. Para isso, as empresas apresentam novas soluções como aeronaves elétricas, motores híbridos, biocombustíveis, entre outros.
Brasil evolui no setor de biocombustíveis
Embora o Brasil não conte até o momento com uma política sobre biocombustíveis para a aviação, o país vem evoluindo nesse setor. Filizola destaca alguns deles: "a plataforma mineira de bioquerosene é um projeto muito interessante para o reflorestamento das cabeceiras do rio São Francisco com a macaúba, que serve de matéria-prima do diesel verde". "Além disso, a empresa Amyris já produz localmente biocombustível que tem sido utilizado em voos ecológicos da Gol Linhas Aéreas", relata.
Mas nem todos são tão otimistas sobre a evolução dos biocombustíveis na aviação. "É preciso considerar que não encontramos nada melhor até agora do que o jet fuel, feito de petróleo", pondera Pascal Pincemin, responsável pelo setor de aeronáutica na empresa de auditoria francesa Deloitte. Por outro lado, Pincemin reconhece progressos na área, como a modernização dos motores. Eles têm ajudado na diminuição do consumo de combustível. "Fizemos evoluções importantes nos últimos 30 anos e, cada vez mais, vamos reduzir a utilização de combustíveis", reitera.
Transporte marítimo polui mais
O avião, no entanto, não é o meio de transporte que mais polui. O especialista em aviação Kerley Oliveira, do Centro Universitário UNA e da UniBH, lembra que, em 2013, o transporte marítimo emitiu 460 milhões de toneladas de gás carbônico contra 360 milhões da aviação. "Se compararmos os aviões com os meios de transportes terrestres, como o automóvel, que comporta 5 pessoas, e um Boeing, que leva cerca de 300 pessoas, a eficiência deste último é muito maior", analisa.
7 bilhões de passageiros
O Grupo internacional de Ação para o Transporte Aéreo (Atag, da sigla em inglês), impõe a melhora de 1,5% na eficácia energética dos aviões para daqui a cinco anos. Um objetivo que deve enfrentar como obstáculo o crescimento do setor, vítima do próprio sucesso. Até 2035, o número de passageiros aéreos deve passar dos atuais 3 bilhões por ano para 7 bilhões de pessoas.
Fonte: RFI - retirado de Biomercado
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