O PIB (Produto Interno Bruto) da cadeia agropecuária do estado cresceu 6,13%, em 2014. O resultado refere-se ao desempenho nos primeiros 10 meses, período no qual a renda estimada foi de R$ 160,467 bilhões. Deste valor, estima-se que R$ 77,567 bilhões (48,34%) resultem da agricultura e R$ 82,9 bilhões (51,66%) da pecuária. Analisando apenas outubro, o crescimento chegou a 0,56%.
Com este desempenho, o PIB do agronegócio de Minas Gerais ampliou sua participação no PIB nacional do setor, chegando a 13,66%. A contribuição do estado vinha se mantendo estável desde 2011, mas começou a avançar em abril do ano passado, com aumento de 0,61 p.p. até o momento. Todos os segmentos cresceram no agregado: indústria em 0,2 p.p. (de 11,66% em 2013 para 11,85% em 2014), insumos em 0,42 p.p. (de 11,97% para 12,38%), distribuição em 0,64 p.p. (de 12,91% para 13,55%) e básico em 1,06 p.p. (de 14,53% para 15,46%).
Ao longo do ano, agricultura e pecuária registraram desempenhos bastante diferentes. A pecuária acumulou alta de 14,06% no ano; a agricultura registrou baixa de 1,2%. Em outubro, os resultados do setor foram semelhantes: crescimento de 1,33% na pecuária e queda de 0,26% na agricultura.
O cálculo por segmentos mostra alta no básico (1,16 %), insumos (0,8%) e distribuição (0,47%), em outubro. Já na agroindústria o decréscimo foi de 0,33% no mês, a exemplo dos demais segmentos industriais. Entretanto, no acumulado de 2014, estima-se elevação em todos os segmentos do agronegócio: 9,16% para básico, 3,54% para insumos, 6,16% para distribuição e 2,15% para indústria.
"Dentro da porteira" as atividades pecuárias registraram resultados positivos, principalmente para bovinocultura de corte e suinocultura, que apresentaram crescimento no faturamento esperado para o ano. Já as atividades agrícolas apresentaram recuperação, com crescimento de 0,44% no mês, pois produtos agrícolas de grande representatividade na economia mineira tiveram variação positiva na renda, como o café (12,18%) e a soja (1%).
Em outubro, os efeitos da seca ainda foram observados em várias áreas, gerando prejuízos tanto na produtividade como na qualidade de diversos produtos agrícolas. O que se reflete nos resultados acumulados pela atividade básica, que registrou queda de 4,47%.
Em relação à agroindústria, houve queda no mês (-0,33%), pressionada principalmente pelo desempenho negativo do segmento agrícola (-0,7%), diante do crescimento no segmento pecuário (1,32%).
Os dados foram levantados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ/USP, com o apoio financeiro da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) e da Seapa (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais).
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