Embora o setor aeronáutico contribua com uma parcela relativamente pequena das emissões globais de CO2, da ordem de 3% a 4%, o país tem feito uma série de voos testes, desde 2012, com o biocombustível de aviação conhecido pela sigla bQAV, produzido a partir da biomassa da cana-de- açúcar. Em junho de 2014, o bioquerosene foi finalmente liberado pela certificadora internacional ASTM, para ser adicionado na proporção de até 10% ao querosene de aviação de origem fóssil.
No Brasil, o reconhecimento da certificação da ASTM foi legitimado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no dia 05 de dezembro de 2014. “A ANP removeu o último obstáculo para o uso de nosso combustível renovável no Brasil. O bQAV, produzido pela Amyris, que atende aos requisitos de desempenho mais rigorosos na indústria da aviação, agora também poderá ser comercializado e utilizado nas rotas comerciais em todo o mundo” disse o presidente & CEO da Amyris, John Melo.
O Brasil está, de fato, cada vez mais perto de um futuro sustentável, atendendo prontamente a Associação de Transporte Aéreo Internacional, que determina a redução pela metade das emissões de CO2 até 2050. O ano de 2015 começou bem. No dia 14 de janeiro, foi inaugurado o Centro Conjunto de Pesquisa em Biocombustíveis Sustentáveis para a Aviação, em São José dos Campos (SP), numa parceria entre a Boeing e a Embraer, mostrando a importância que temos dado ao desenvolvimento de alternativas energéticas renováveis, com baixo carbono.
“O Brasil tem potencial e é referência na indústria de energia limpa, tendo criado as indústrias de etanol e de biodiesel”, disse o vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer, Mauro Kern. A presidente da Boeing Brasil e América Latina, Donna Hrinak, endossou o discurso, afirmando que o País será um dos protagonistas também nos biocombustíveis aéreos.
“A Gol Linhas Aéreas, por exemplo, encontrou no bioquerosene de cana o melhor resultado. Em vários de seus voos, os aviões da empresa são abastecidos com 10% de bioquerosene de aviação (bQAV), mistura que deve diminuir em cerca de 10% a emissão de gás carbônico, gerando grandes benfeitorias para a indústria aeronáutica e agregando novos benefícios para a atividade canavieira,” completou Alfred Szwarc, consultor em Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
Fonte: Portal do Aviador
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