Artigo publicado nos anais do Congresso Brasileiro de Macaúba, em 2013.

Fábio Galvani; Grazielly Munhões Sorrilha; Simone Palma Favaro

INTRODUÇÃO 

A macaúba ou bocaiuva (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd.) é uma palmeira nativa das florestas tropicais, muito abundante no Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde destaca-se como potencial não madeireiro (PINTO, 2004). A macaúba tem despertado interesse socioeconômico por sua alta produtividade em óleo, além de inúmeros outros produtos primários e os potencialmente obtidos em biorrefinarias (NUNES, 2013). Do processo de beneficiamento do fruto e extração dos óleos são gerados coprodutos, como carvão para siderurgia, além das tortas da polpa e da amêndoa usadas na alimentação animal. No Pantanal de Corumbá, MS, a polpa da macaúba tem sido utilizada, como fonte de alimentos por apresentar-se rica em carboidratos, proteínas e fibras (RAMOS et al, 2008; CICONINI, 2012). Processos mecânicos para obtenção da polpa e de óleo da polpa visando aproveitamento dos produtos e coprodutos têm sido investigados como uma das ações para o desenvolvimento da cadeia produtiva da macaúba (GALVANI; FERNANDES, 2010; FAVARO et al., 2011 a, b). As características intrínsecas dos frutos frescos da macaúba dificultam o despolpamento automatizado. A redução da umidade da polpa tem se mostrado favorável na otimização do despolpamento em equipamento em escala de protótipo. Por outro lado, a secagem do fruto pode levar a alterações indesejáveis na qualidade do óleo extraído e variações nos teores das fibras da torta de macaúba (SOUZA et al., 2010; ALMEIDA et al., 2012). Objetivou-se, neste trabalho, avaliar os efeitos de diferentes processos de secagem dos frutos na composição centesimal de torta da polpa da macaúba proveniente da região do Pantanal de Corumbá, Mato Grosso do Sul.

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