Minas Gerais deve ter sua primeira biorrefinaria para produção de
bioquerosene, usado na aviação, instalada no Vetor Norte da Capital, próximo ao
Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de
Belo Horizonte (RMBH), em um prazo de cinco ou seis anos, mediante aporte
privado de R$ 600 milhões. Porém, já em 2015, o Estado deve abrigar uma
usina-piloto capaz de produzir 20 mil litros anuais de bioquerosene operando na
mesma região.
"Esperamos ter, daqui cinco ou seis anos, a primeira biorrefinaria
em Minas Gerais, que receberá uma inversão de R$ 600 milhões" disse ontem
o subsecretário de Estado de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Estado
de Desenvolvimento Econômico (Sede), Luiz Antônio Athayde, durante discurso na
cerimônia de lançamento da Plataforma Mineira de Bioquerosene, no Centro de
Manutenções da Gol, em Confins.
Athayde não informou os detalhes sobre o parceiro que deve fazer o
investimento, nem mesmo se este investidor já está confirmado. No entanto, ele
afirmou que o objetivo do Estado é não só atender à demanda das companhias
aéreas nacionais como também exportar combustíveis renováveis produzidos no
Estado. "Isso é uma afirmação clara da aposta que o governo de Minas vem
fazendo para entrar na fronteira de combustíveis renováveis para aviação",
disse.
"Estamos começando agora para atrairmos quem já detém a tecnologia
para instalar uma refinaria-piloto. Tudo que ela produzir será consumido neste
aeroporto, ainda que seja mais caro (que o querosene fóssil). Na medida em que
dominarmos o processo tecnológico, vamos partir para uma refinaria maior, neste
horizonte de cinco anos", afirmou o subsecretário.
Desafio - Segundo ele, o grande desafio é desenvolver a
tecnologia de processamento do bioquerosene a partir da macaúba, da camelina e
de outras oleaginosas, para ganhar escala e fazer o custo do combustível renovável
cair. Em termos de demanda, o governo de Minas tem a garantia da Gol que toda
sua produção estadual do carburante será comprada mesmo que seja mais cara.
"A introdução dessa cadeia produtiva trará enorme desenvolvimento
para o Estado e Gol assegura o compromisso de consumir toda a produção de
bioquerosene de Minas Gerais", destacou o diretor-executivo da companhia,
Sergio Quito. O executivo garantiu ainda apoio "irrestrito" da
empresa ao governo de Minas para a implantação do programa, que pretende
transformar o aeroporto de Confins no primeiro "aeroporto verde" do
Brasil.
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