O primeiro voo verde do Aeroporto Internacional Tancredo Neves
(AITN) foi realizado nesta quinta-feira (05). A aeronave, que utilizou apenas
biocombustível, saiu do terminal de Confins, na Grande BH, com destino à
Brasília. O voo foi realizado pela GOL Linhas Aéreas Inteligentes em conjunto
com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE).
O principal
objetivo da iniciativa é transformar o Estado na primeira plataforma integrada
de produção de BioQAv no Brasil e o aeroporto de Confins, no primeiro aeroporto
“verde” do Brasil.
Em março deste ano
foi assinado um memorando de entendimento entre o Governo de Minas e 17
instituições para o desenvolvimento e consolidação da Cadeia Produtiva de
Bioquerosene para a Aviação no Estado de Minas Gerais.
Durante cerimônia
realizada nesta quinta, no Centro de Manutenção de Aeronaves da GOL, em
Confins, foi celebrado o anúncio da desoneração da alíquota de ICMS para voos
que utilizarem qualquer mistura de bioquerosene ou combustível fóssil de
aviação em voos comerciais decolando de Minas Gerais em 5 de junho, quando é
comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Além disso, foi
assinado um Protocolo de Intenções entre o Estado de Minas Gerais e diversas
empresas, no sentido de formalizar as intenções das partes em apoiar
iniciativas de estruturação da cadeia da macaúba no território mineiro.
A solenidade
contou com a participação de entidades do Governo Estadual, executivos da GOL,
bem como outros representantes da indústria aeronáutica e parceiros ligados à
Plataforma Mineira de BioQAv. Todos os parceiros, por meio de um trabalho
colaborativo, apoiam epropõe soluções para um programa de uso de combustível de
aviação renovável, mais eficiente e sustentável.
“A GOL está
comprometida em trabalhar para tornar os céus brasileiros cada vez mais limpos
e o setor de aviação civil mais sustentável. Iniciativas como esta, além de
estarem em harmonia com a estratégia e modelo econômico da Companhia para a
redução de custos, oferecem ao mesmo tempo muitos benefícios para a indústria
como um todo, para nossos clientes e sociedade”, destaca Sergio Quito, diretor
executivo de Operações da GOL.
Biocombustível
Em função das
mudanças climáticas e da preocupação com o meio ambiente, o setor aeronáutico
tem buscado adotar medidas quecontribuam para a redução de seu impacto
ambiental.
A indústria de
aviação é responsável por 2% das emissões de dióxido de carbono produzidas pelo
homem, que apresenta uma trajetória crescente. Entre 2000 e 2010, a taxa de
crescimento das emissões domésticas foi de 39,7%, enquanto a das emissões
internacionais foi de apenas 5%.
Neste sentido,
iniciativas relacionadas à viabilização e produção de biocombustíveis para a
aviação estão sendo desenvolvidas como forma de apoiar a redução da emissão de
gases do efeito estufa (GEE) provenientes do setor de transportes aéreo e
possuem um apelo especial no caso do Brasil que está em vias e se tornar o 4º
maior mercado de tráfego aéreo do mundo.
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