Projeto do INT aprovado pelo CNPq visa melhorar qualidade do biodiesel
segunda-feira, dezembro 30, 2013
Um novo projeto, coordenado pelo Instituto Nacional de Tecnologia
(INT/MCTI), poderá aprimorar a qualidade do biodiesel produzido no país. A
iniciativa envolve a avaliação da corrosividade e da compatibilidade com
materiais e o desenvolvimento de aditivos multifuncionais e de novas
metodologias de monitoramento em campo dos processos de degradação e de
corrosão do combustível.
O trabalho contará com recursos do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), obtidos por meio de
seleção pública na Chamada MCTI/CNPq 40/2013, que apoia trabalhos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação voltados à cadeia produtiva do biodiesel, com valor
aprovado de R$ 460 mil, na Linha 1 do edital, voltada a caracterização e
controle da qualidade desse biocombustível.
Proposto pelo pesquisador Eduardo Cavalcanti, tecnologista da área
de Corrosão e Degradação do INT, o projeto será capitaneado pelo Laboratório de
Corrosão e Proteção (Lacor) do instituto, em colaboração com o Laboratório de
Biocombustíveis (Labio) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-Rio), o Laboratório de Biodeterioração de Combustíveis e Biocombustíveis
(LAB-BIO) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Centro de
Pesquisa e Caracterização de Petróleo e Combustíveis (CoppeComb), do Instituto
Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ), e
as empresas BSBios, Minerva, Actioil, Socer Brasil e Metrohm Pensalab.
Serão trabalhadas duas famílias de biodiesel comerciais: aqueles de
soja pura soja pura – correspondentes a cerca de 85% do mercado – ou com
pequenas adições de sebo, que não alterem as características do produto; e
aqueles provenientes de sebo puro ou blendas com adições de soja, que tornam o
produto extremamente suscetível à cristalização em baixas temperaturas,
processos degenerativos e alterações em suas propriedades físico-químicas ao
longo do tempo.
A atividade do
projeto visa, assim, eliminar essa desvantagem relativa do biodiesel em
oposição ao diesel de petróleo, estável no armazenamento e resistente às mais
variadas condições climáticas do Brasil. Em estudos anteriores encomendados
pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ao INT,
o Lacor revelou um conjunto de alterações no perfil de qualidade do biodiesel,
que validaram a sua adição na base de 5% de adição ao diesel, já adotada em
todo o país.
0 comentários
Agradecemos seu comentário! Volte sempre :)