Leilão promovido pela ANP vende quase 500 milhões de litros de biodiesel
quarta-feira, dezembro 18, 2013
Os produtores de biodiesel conseguiram transferir para as
distribuidoras de combustíveis 485,6 milhões de litros do produto nos dois dias
do 34º Leilão de Biodiesel, promovido de quarta, dia 11, até esta quinta, dia
12, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No
total, foram ofertados pelos produtores 588,7 milhões de litros.
Com o leilão, foram arrecadados R$ 1,015 bilhão nos dois dias. Dos 485,6
milhões de litros comercializados, 409,7 milhões foram arrematados ainda no
primeiro dia da licitação e 75,9 milhões no pregão desta quinta.
De acordo com a ANP, do total comercializado, 99,5% são oriundos de produtores
detentores do selo Combustível Social. O preço médio alcançou R$ 2,060 por
litro, com um deságio médio de 12,83% quando comparado com o preço máximo de
referência, em média de R$ 2,363 por litro.
Segundo a ANP, com o total comercializado, a indicação do mercado de óleo
diesel é de uma comercialização de cerca de 9,7 bilhões de litros do B5 (o óleo
já misturado) somente para o primeiro bimestre de 2014.
Os leilões de biodiesel atendem à Resolução 06 do Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE) que estabelece em 5% o percentual mínimo obrigatório de
adição de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final (B5), em vigor
desde o dia 1º de janeiro de 2010.
A ANP fez ao longo deste ano seis leilões de biodiesel ao longo do ano. O
volume comercializado será fornecido por produtores das regiões Centro-Oeste
(cerca de 50% do total); Sul (com 34%), Sudeste (22%) e Nordeste (cerca de 6%).
Atualmente respondendo por 5% da composição final do óleo diesel comercializado
nas bombas dos postos de todo o país, o biodiesel poderá ter uma participação
ainda maior na composição final do combustível.
O Ministério de Minas e Energia já encaminhou ao Palácio do Planalto uma
proposta de aumento do índice do combustível vegetal na composição final após a
mistura com o derivado de origem mineral.
A proposta atende a uma reivindicação dos próprios produtores, que sustentam
ter capacidade de produção bem maior do que a demanda decorrente da adição de
5% atualmente em vigor. Eles alegam, ainda, a questão ambiental para o aumento
do percentual do biodiesel no diesel convencional – porque reduziria ainda mais
as emissões de gases de efeito estufa dos veículos.
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