A agroenergia pode mudar a ordem geopolítica mundial. A expectativa
é do ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues, que atualmente coordena o
Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas. Em palestra na abertura da
reunião do Conselho Assessor Externo (CAE) da Embrapa Agroenergia, no dia 05,
em Brasília/DF, ele mostrou que é nos países localizados entre os trópicos que
está o maior potencial de crescimento da energia obtida a partir da biomassa,
pela disponibilidade de terra e incidência de sol.
Essas vantagens competitivas também se aplicam ao Brasil, que já se destaca na produção de alimentos e energia. O futuro da energia obtida da biomassa, no entanto, depende não só do investimento nessa área, mas também do desempenho de outras fontes – tracionais e alternativas. O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Souza, mostrou algumas peças do quebra-cabeça para entender o cenário futuro em que a bioenergia estará inserida.
A primeira delas é o aumento da disponibilidade de petróleo no País, por conta do avanço da exploração da camada do pré-sal. A expectativa é que, em 2035, a produção ultrapasse o consumo e permita ao Brasil exportar cerca de 3 milhões de barris. Outras peças do quebra-cabeça são a exploração do gás de xisto, o aumento da presença dos carros elétricos no mercado, o crescimento dos parques eólicos e o avanço da tecnologia de fotossíntese artificial. “Olhar para o futuro e entender qual deve ser nosso trabalho frente aos cenários que se apresentam é um dos nossos desafios”, explicou o chefe-geral da Embrapa Agroenergia.
O interesse de instituições do Brasil e do exterior pelas pesquisas na área de atuação da Unidade é grande. Apenas neste ano, 26 comitivas estrangeiras visitaram a instituição para conhecer as linhas de trabalho e buscar oportunidades de cooperação técnica. Em contrapartida, a Embrapa Agroenergia enviou 20 missões para o exterior e três pesquisadores para desenvolver estudos no Agricultural Research Service do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (ARS/USDA).
Além da cooperação com instituições de pesquisa em todo o mundo, a Embrapa Agroenergia também tem investido nas chamadas parcerias público privado. “Essa é uma bandeira que nós defendemos fortemente”, afirmou o chefe-geral da instituição, Manoel Souza. O centro de pesquisa já tem trabalhos em parceria com empresas privadas de forte atuação nas áreas agrícola, energética e química.
Tecnologia
Na opinião do ex-ministro Roberto Rodrigues, foi justamente o desenvolvimento tecnológico que permitiu ao Brasil alcançar ganhos de produtividade que deixam o mundo “de queixo caído”. Com a melhoria constante da relação produção por área, o País deixou de abrir 68 milhões de hectares em terras. Para o ministro, esse é “o número mais fantástico” que os brasileiros devem divulgar.
Além de aumentar o rendimento não só da agricultura, mas também da pecuária, a tecnologia também tem permitido a diminuição de desperdícios. De acordo com Rodrigues, a modernização das colheitadeiras fez com que as perdas no campo caíssem de 5% para 0,5% da safra.
Isso é importante tanto para obter o grande volume de biomassa exigido para a produção de biocombustíveis quanto para garantir alimentos suficientes para alimentar suprir o mundo. Com o crescimento da população e da renda dos países emergentes, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) estimam em 20% a necessidade de crescimento da produção mundial de alimentos para atender à demanda, até 2020. As duas instituições concluíram que o Brasil pode aumentar o saldo de suas colheitas em 40% no mesmo período, contribuindo significativamente para que o planeta avance em direção à segurança alimentar.
Assessorar a Embrapa Agroenergia na definição de prioridades de pesquisa para desenvolver o uso sustentável da biomassa como fonte para energia e outros produtos é uma das funções do Conselho Assessor Externo (CAE), presente em todas as Unidades da Embrapa. Além do ex-ministro Roberto Rodrigues, compõem o colegiado que se reuniu ontem: Rodrigo Augusto Rodrigues, coordenador da Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel e presidente do CAE; Carlos Eduardo Vaz Rossel, diretor do Programa Industrial do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol – CTBE; José Gerardo Fontelles, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA; Juan Diego Ferrés, presidente do Conselho Superior da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene – Ubrabio; Luiz Henrique Capparelli Mattoso, chefe-geral da Embrapa Instrumentação; Marcos Guimarães de Andrade Landell, diretor do Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas – IAC; Mariângela Rebuá de Andrade Simões, embaixadora, diretora-Geral do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores e co-chair do Global Bioenergy Partnership – GBEP; Vitor Hugo de Oliveira, chefe da Secretaria de Negócios da Embrapa e José Manuel Cabral de Sousa Dias, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia.
Essas vantagens competitivas também se aplicam ao Brasil, que já se destaca na produção de alimentos e energia. O futuro da energia obtida da biomassa, no entanto, depende não só do investimento nessa área, mas também do desempenho de outras fontes – tracionais e alternativas. O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Souza, mostrou algumas peças do quebra-cabeça para entender o cenário futuro em que a bioenergia estará inserida.
A primeira delas é o aumento da disponibilidade de petróleo no País, por conta do avanço da exploração da camada do pré-sal. A expectativa é que, em 2035, a produção ultrapasse o consumo e permita ao Brasil exportar cerca de 3 milhões de barris. Outras peças do quebra-cabeça são a exploração do gás de xisto, o aumento da presença dos carros elétricos no mercado, o crescimento dos parques eólicos e o avanço da tecnologia de fotossíntese artificial. “Olhar para o futuro e entender qual deve ser nosso trabalho frente aos cenários que se apresentam é um dos nossos desafios”, explicou o chefe-geral da Embrapa Agroenergia.
O interesse de instituições do Brasil e do exterior pelas pesquisas na área de atuação da Unidade é grande. Apenas neste ano, 26 comitivas estrangeiras visitaram a instituição para conhecer as linhas de trabalho e buscar oportunidades de cooperação técnica. Em contrapartida, a Embrapa Agroenergia enviou 20 missões para o exterior e três pesquisadores para desenvolver estudos no Agricultural Research Service do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (ARS/USDA).
Além da cooperação com instituições de pesquisa em todo o mundo, a Embrapa Agroenergia também tem investido nas chamadas parcerias público privado. “Essa é uma bandeira que nós defendemos fortemente”, afirmou o chefe-geral da instituição, Manoel Souza. O centro de pesquisa já tem trabalhos em parceria com empresas privadas de forte atuação nas áreas agrícola, energética e química.
Tecnologia
Na opinião do ex-ministro Roberto Rodrigues, foi justamente o desenvolvimento tecnológico que permitiu ao Brasil alcançar ganhos de produtividade que deixam o mundo “de queixo caído”. Com a melhoria constante da relação produção por área, o País deixou de abrir 68 milhões de hectares em terras. Para o ministro, esse é “o número mais fantástico” que os brasileiros devem divulgar.
Além de aumentar o rendimento não só da agricultura, mas também da pecuária, a tecnologia também tem permitido a diminuição de desperdícios. De acordo com Rodrigues, a modernização das colheitadeiras fez com que as perdas no campo caíssem de 5% para 0,5% da safra.
Isso é importante tanto para obter o grande volume de biomassa exigido para a produção de biocombustíveis quanto para garantir alimentos suficientes para alimentar suprir o mundo. Com o crescimento da população e da renda dos países emergentes, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) estimam em 20% a necessidade de crescimento da produção mundial de alimentos para atender à demanda, até 2020. As duas instituições concluíram que o Brasil pode aumentar o saldo de suas colheitas em 40% no mesmo período, contribuindo significativamente para que o planeta avance em direção à segurança alimentar.
Assessorar a Embrapa Agroenergia na definição de prioridades de pesquisa para desenvolver o uso sustentável da biomassa como fonte para energia e outros produtos é uma das funções do Conselho Assessor Externo (CAE), presente em todas as Unidades da Embrapa. Além do ex-ministro Roberto Rodrigues, compõem o colegiado que se reuniu ontem: Rodrigo Augusto Rodrigues, coordenador da Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel e presidente do CAE; Carlos Eduardo Vaz Rossel, diretor do Programa Industrial do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol – CTBE; José Gerardo Fontelles, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA; Juan Diego Ferrés, presidente do Conselho Superior da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene – Ubrabio; Luiz Henrique Capparelli Mattoso, chefe-geral da Embrapa Instrumentação; Marcos Guimarães de Andrade Landell, diretor do Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas – IAC; Mariângela Rebuá de Andrade Simões, embaixadora, diretora-Geral do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores e co-chair do Global Bioenergy Partnership – GBEP; Vitor Hugo de Oliveira, chefe da Secretaria de Negócios da Embrapa e José Manuel Cabral de Sousa Dias, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia.
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