A viabilidade do uso do óleo de macaúba na produção de biodiesel é
buscada em pesquisa da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da USP. A espécie,
encontrada do Mato Grosso até o Rio Grande do Sul, possui substâncias que
garantem boas propriedades automotivas para o combustível. A macaúba apresenta
alta produtividade, podendo render até 4 mil litros de óleo por hectare a cada
ano.
O objetivo principal da pesquisa foi desenvolver uma metodologia
para produzir biodiesel a partir de óleo de macaúba com elevado índice de
acidez e avaliar a influência das ondas ultrassônicas no processamento. “A
macaúba pode ser encontrada desde o sul do México e Antilhas, até o sul do
Brasil, chegando ao Paraguai e Argentina”, explica a pesquisadora Sara
Aparecida Machado, que realizou o estudo durante a produção de dissertação de
mestrado na EEL.
“No Brasil são encontrados povoamentos naturais nos estados de Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, aponta a pesquisadora. “Normalmente os frutos são colhidos de forma extrativista mas já existem algumas lavouras comerciais no Estado de Minas Gerais”.
De acordo com Sara, a principal vantagem da macaúba como matéria-prima para a obtenção de biodiesel é a alta produtividade em óleo. “Da macaúba são extraídos dois óleos: o de polpa e o de amêndoa”, conta. “A produção é de aproximadamente 4 mil litros por hectare/ano, enquanto a soja, que é uma cultura anual, produz aproximadamente 420 litros por hectare/ano”.
Mudanças
A pesquisadora afirma que o óleo de macaúba exige mudanças no processo de produção do biodiesel para ser utilizado como matéria-prima. “Devido ao tipo de colheita e ao processamento do óleo, principalmente o de polpa, apresenta elevada acidez e desta maneira não pode ser processado pelo processo convencional de transesterificação alcalina”.
“No Brasil são encontrados povoamentos naturais nos estados de Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, aponta a pesquisadora. “Normalmente os frutos são colhidos de forma extrativista mas já existem algumas lavouras comerciais no Estado de Minas Gerais”.
De acordo com Sara, a principal vantagem da macaúba como matéria-prima para a obtenção de biodiesel é a alta produtividade em óleo. “Da macaúba são extraídos dois óleos: o de polpa e o de amêndoa”, conta. “A produção é de aproximadamente 4 mil litros por hectare/ano, enquanto a soja, que é uma cultura anual, produz aproximadamente 420 litros por hectare/ano”.
Mudanças
A pesquisadora afirma que o óleo de macaúba exige mudanças no processo de produção do biodiesel para ser utilizado como matéria-prima. “Devido ao tipo de colheita e ao processamento do óleo, principalmente o de polpa, apresenta elevada acidez e desta maneira não pode ser processado pelo processo convencional de transesterificação alcalina”.
No estudo a produção de biodiesel ocorreu em duas etapas. “Na primeira [pré tratamento], o óleo foi submetido à reação de esterificação para diminuição do índice de acidez até chegar a valores inferiores a 2 miligramas de hidróxido de potássio (KOH) por grama (mgKOH/g) de óleo o que possibilitou a segunda etapa que foi a reação de transesterificação alcalina”, relata a engenheira química. As ondas ultrassônicas servem como um potencializador da reação de transesterificação alcalina sendo que a principal vantagem foi a redução do tempo de reação de 30 para 10 minutos.
A macaúba apresenta como principal vantagem para a produção do combustível a alta produtividade e a composição dos óleos. “O óleo de amêndoa é rico em ácido láurico e oleico”, observa. “O óleo extraído da polpa é rico em ácido oléico e palmítico e tem boas características para o processamento industrial, além de conferir aos óleos excelentes propriedades automotivas”.
De acordo com Sara, existem vários estudos em andamento sobre biodiesel utilizando o óleo de macaúba. “Em Minas Gerais já existem lavouras cultivadas com o objetivo de fornecer matéria prima para usinas produtoras de biodiesel a partir de 2015”, destaca. A pesquisa foi coordenada pelo professor Domingos Sávio Giordani, da EEL. Os estudos tiveram a colaboração do grupo coordenado pela professora Heizir Ferreira de Castro e da professora Jayne Carlos de Souza Barboza.
/Fonte:
http://www.usp.br/agen/?p=157341
1 comentários
A acidez do óleo de Macaúba está diretamente ligada à qualidade do fruto processado. O óleo resultante do processamento de frutos colhidos de forma apropriada, apresentam baixíssima acidez, enquanto frutos colhidos no solo apresentam acidez elevada devido ao processo de oxidação e degradação por microorganismos.
ResponderExcluirFrutos oriundos dos cultivos racionais, onde a colheita se dará de forma adequada, gerarão óleos de altíssima qualidade e valor de mercado.
Agradecemos seu comentário! Volte sempre :)