Grandes fabricantes de aeronaves ou pequenas empresas de tecnologia, todos buscam o combustível verde para reduzir as emissões de carbono do setor aéreo.
Na corrida pelo combustível verde para aviação, vale qualquer tipo de matéria-prima: plástico reciclável, serragem, palha, óleo de cozinha e algas são algumas das opções que estão sendo estudadas para entrar no tanque dos aviões. A pressão por alternativas sustentáveis tem recaído sobre os principais fabricantes do setor e não para de aumentar. Proporcionalmente, os aviões são o meio de transporte que mais polui.
A meta do setor é reduzir as emissões de carbono em 50% em 2050, tendo como base o ano de 2005, de acordo com a Associação Internacional do Transporte Aéreo. Como é comum quando o assunto é meio ambiente, os europeus deram os primeiros passos.
No ano passado, a Comissão Europeia, companhias áreas e fabricantes de biodiesel assinaram um pacto para produzir 2 milhões de toneladas de combustível sustentável até 2020, o que equivale a 14% do consumo de querosone de aviação na Europa. Com base nesse compromisso, em março a francesa Airbus entrou num consórcio com empresas australianas para estudar o potencial do eucalipto para a fabricação de biocombustível.
Em abril, um 787 da concorrente americana Boeing cruzou o Pacífico com os tanques abastecidos com uma mistura de diesel e óleo de cozinha reutilizável. O mais recente anúncio nessa área ocorreu no dia 24 de setembro. A Airbus e a petrolífera chinesa Sinopec assinaram um acordo para desenvolver um combustível mais verde de biomassa e óleo reciclado.
No Brasil, desde 2005 a Embraer fabrica aviões agrícolas que são abastecidos com etanol. O combustível, porém, não é considerado o ideal para jatos por apresentar dificuldades técnicas. O poder calorífico do produto (a quantidade de energia por unidade de massa) é bem menor do que o do querosene, o que reduz a autonomia de voo.
Fonte: exame.abril.com.br
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